Fonte: canaltech.com.br
Em: 27/10/2021
bostondynamics.com |
Nas imagens, os funcionários da companhia
falam sobre o motivo que fez o parkour futurístico
ser um importante elemento para a evolução do Atlas. “Parkour é uma atividade
de organização útil para a nossa equipe, pois destaca vários desafios que
acreditamos serem importantes”, explica o líder do time de desenvolvimento
Scott Kuindersma.
Ao colocar o Atlas em uma pista de
obstáculos complexa, a Boston Dynamics põe à prova toda a capacidade do robô de
lidar com objetivos de longo prazo (alcançar o destino) e de curto prazo
(calcular os passos, medir força e manter o equilíbrio). Enquanto nos vídeos
anteriores o humanoide fazia apenas uma manobra por vez, na publicação mais
recente uma linha inteira de obstáculos diferentes é superada sem pausas — com
direito a um “salto mortal” para
finalizar.
Visualmente, o Atlas é o mesmo robô
carismático de sempre e ainda tem um andar ligeiramente desengonçado. Ainda
assim, seu interior mudou, o que possibilita movimentos mais suaves e correções
de movimento mais precisas. Na prática, quem assiste ao vídeo verá a máquina
com manobras bem mais precisas, ágeis e propositalmente imperfeitas.
O Atlas agora "enxerga"
“Percepção” é o ponto mais importante do
Atlas para a superação do percurso. Anteriormente, o robô dependia de
movimentos pré-programados em boa parte e por isso suas ações eram bem
limitadas. Agora, o humanoide conta com uma câmera logo no topo de seu corpo e,
junto com sensores de profundidade, consegue “enxergar” os obstáculos com
precisão, quase como um humano faria.
“Isso faz
com que os engenheiros não tenham mais que pré-programar os motores de pulo
para cada uma das plataformas e lacunas que o robô pode encontrar. Em vez
disso, a equipe cria menos modelos de comportamento que podem ser combinados
com o ambiente e executados online”, pontua a empresa em um blog oficial.
O Atlas
cai várias vezes e o processo de desenvolvimento pode ser frustrante, admite a
equipe. A jornada de aprendizado do robô se assemelha à de um atleta iniciante
na prática de parkour — talvez até com mais ousadia. Ele tenta passar por
obstáculos, faz cálculos errados e falha, daí tenta de novo até conseguir. A
repetição leva à perfeição, enquanto os mecânicos da equipe fazem os reparos na
lataria.
Contudo,
até as quedas acrescentam informações importantes para o progresso do Atlas. Um
dos líderes do projeto, Benjamin Stephens conta que as frustrações colaboram no
desenvolvimento de robôs que “podem
sobreviver a uma queda e depois se levantar para fazer tudo de novo”.
Trabalho em conjunto
No vídeo,
a Boston Dynamics mostra que o apoio de várias equipes é necessário para
finalmente colocar o Atlas para jogo. Uma equipe de software prepara o que
seria a inteligência do robô, o grupo de hardware dá corpo ao projeto, técnicos
e mecânicos cuidam da manutenção da máquina, e os integrantes da parte
operacional tomam conta da pista de obstáculos e detalhes relacionados.
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Para
complementar, há também uma demonstração completa do Atlas passando (com
sucesso) pelos obstáculos. Neste caso, não há nenhuma queda ou falha, somente o
espetáculo que é a evolução do projeto graças aos esforços da Boston Dynamics.
Vale a pena assistir se você estiver curioso.
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